quarta-feira, 1 de março de 2023

Ao taxar exportações de petróleo, governo petista sugere caminho argentino

LEANDRO RUSCHEL



Além do aumento de imposto dos combustíveis, governo petista taxa a exportação de petróleo bruto, o que deixa clara a sua visão econômica estreita e geradora de pobreza. O governo anunciou uma medida provisória, com prazo de quatro meses, com recomposição parcial dos tributos federais para gasolina e etanol e também um imposto de exportação de 9,2% para o petróleo bruto.

Não por acaso, a medida lembra muito o que a esquerda tem feito na Argentina, com a taxação das principais pautas de exportação do país, como a soja, que paga 33% ao sair do país. Além dos impostos, ainda há eventuais proibições completas de venda de produtos. Recentemente, o governo argentino proibiu a exportação de carne, por exemplo.

O descondenado Lula demonstrou toda a sua miopia econômico, além do seu populismo patológico, ao afirma ontem que "...se produzimos alimentos demais neste país e tem gente com fome, significa que alguém está comendo mais do que deveria para que o outro possa comer pouco. Significa que estamos desperdiçando alimento. Significa que alguma coisa está errada."

O que está errado no Brasil há muito tempo é essa mentalidade socialista, que atribui como causa da pobreza à existência de grupos mais abastados, o que seria corrigido com a intervenção estatal redistributiva.

O resultado é a criação de uma classe cada vez maior de sanguessugas do Estado, que nada ou pouco produz, além da justificativa para a sua própria existência. Um Estado inchado também é ambiente ideal para todo tipo de corrupção, como a Lava Jato demonstrou. O sistema fica de pé com a oferta de esmolas para os mais pobres, e da cooptação da elite para integrar a classe privilegiada de gestores estatais.

É um ciclo autoalimentado: o Estado impede a criação de riqueza pelo mercado livre, com regulações, intervenções diretas e impostos, gerando pobreza, justificando assim a sua própria existência como provedor dos pobres. É como quebrar as pernas de alguém e se gabar por providenciar as muletas.

Tudo não passa de um sistema de escravidão moderno: o establishment político parasita o estado, se transformando no novo senhor de escravos, enquanto a esmagadora maioria da população precisa entregar pelo menos 50% do fruto do seu trabalho a eles, recebendo de volta algumas migalhas, quando muito. Em agradecimento à bondade do establishment, essa massa continua votando no mesmo senhor de escravos.

Quem fala que o socialismo nunca deu certo, não entendeu nada. O objetivo é justamente "não dar certo", pois quanto mais dependente um povo, mais controlável ele é, sendo esse o objetivo final do arranjo.

A única dúvida que fica em relação ao atual momento político brasileiro é sobre qual será o tamanho do estrago. A economia já está em frangalhos por uma completa falta de confiança no novo governo. A cada nova fala ou medida, a confiança diminui. Resta saber se haverá alguma força institucional para limitar o estrago petista, ou se eles terão força para passar toda a sua agenda destrutiva.



 

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