Lulista mata apoiador de Bolsonaro após discussão política
LEANDRO RUSCHEL - 21 DE MARÇO 2023
Liberdade representa o mais alto sentido de autonomia, ou seja, a condição de não estar sob o domínio ou dependência material, moral, religiosa ou de qualquer natureza em relação a pessoas, organizações ou nação. Decidir sobre o que fazer, onde viver e com com quem se relacionar. Lembre-se de que há mais pessoas que desistem do que fracassam. Você é livre para vencer ou desistir. Se você desistir no meio do caminho, sempre restará a dúvida sobre qual seria o final da sua história.
LEANDRO RUSCHEL - 21 DE MARÇO 2023
LEANDRO RUSCHEL - 22 DE MARÇO 2023
Foi destaque da semana uma decisão liminar proferida pelo ministro Lewandowski que basicamente acaba com a Lei das Estatais, aprovada em 2016, durante o governo Michel Temer, como medida moralizadora da administração pública, após uma série de saques cometidos pelos companheiros na Petrobras, Eletrobras e outras empresas estatais.
O trecho da lei suspenso pelo ministro é o seguinte:
"Art. 17. § 2º É vedada a indicação, para o Conselho de Administração e para a diretoria:
I – de representante do órgão regulador ao qual a empresa pública ou a sociedade de economia mista está sujeita, de Ministro de Estado, de Secretário de Estado, de Secretário Municipal, de titular de cargo, sem vínculo permanente com o serviço público, de natureza especial ou de direção e assessoramento superior na administração pública, de dirigente estatutário de partido político e de titular de mandato no Poder Legislativo de qualquer ente da federação, ainda que licenciados do cargo;
II – de pessoa que que atuou, nos últimos 36 (trinta e seis) meses, como participante de estrutura decisória de partido político ou em trabalho vinculado a organização, estruturação e realização de campanha eleitoral."
O caso ganha contornos mais escandalosos pela forma que a liminar foi concedida. O processo estava em discussão no plenário eletrônico do Supremo, quando o ministro André Mendonça pediu vistas. Lewandowski já havia votado pela inconstitucionalidade da lei. Diante do pedido de vistas, e da forte da possibilidade da matéria não ser definida tão cedo, ele resolveu dar a decisão liminar, em clara afronta ao colegiado.
Segundo a Malu Gaspar, de O Globo, a pressa se deu pelo interesse de Lula em indicar o ex-governador de Pernambuco, Paulo Câmara, à presidência do Banco do Nordeste, instituição com orçamento de apetitosos R$ 2 bilhões.
Só que a indicação esbarrava justamente na Lei das Estatais, já que Câmara integrava a Executiva do PSB até janeiro deste ano.
Há diversos outros companheiros que aguardam a derrubada da lei para aparelhar - ainda mais - a máquina pública, segundo a colunista.
A colunista também lembra que Lewandowski está de olho na vaga que se abrirá no Supremo com a sua aposentadoria, e quer emplacar um aliado seu.
O ministro tem uma longa lista de votos alinhados com o PT. Um dos atos mais notórios foi concordar com o fatiamento da votação do impeachment, separando a decisão de afastar Dilma e da perda de direitos políticos. Num acordo espúrio, o Senado afastou a presidente, mas manteve seus direitos. Muita gente aponta esse como o marco zero da nova fase ultra-política do Supremo.
Depois disso, Lewandowski ainda ajudou a enterrar a Lava Jato e deu votos decisivos alinhados com o ministro Moraes no TSE, durante a campanha eleitoral. Agora, fecha o seu legado com a derrubada de uma das principais leis que impediam a politização completa das estatais.
Ainda há a possibilidade do plenário derrubar a liminar, mas em se tratando do Supremo, aprendemos que a esperança na prevalência da justiça sobre a política é um ato fútil.
A única certeza que podemos ter é na escolha de um ministro ainda mais alinhado ao PT do que Lewandowski. Qual é o candidato mais cotado para substituí-lo? Ninguém menos que o próprio advogado pessoal do descondenado Lula. Em nome da "democracia", e do "Estado de Direito", claro.
LEANDRO RUSCHEL
Além do aumento de imposto dos combustíveis, governo petista taxa a exportação de petróleo bruto, o que deixa clara a sua visão econômica estreita e geradora de pobreza. O governo anunciou uma medida provisória, com prazo de quatro meses, com recomposição parcial dos tributos federais para gasolina e etanol e também um imposto de exportação de 9,2% para o petróleo bruto.
Não por acaso, a medida lembra muito o que a esquerda tem feito na Argentina, com a taxação das principais pautas de exportação do país, como a soja, que paga 33% ao sair do país. Além dos impostos, ainda há eventuais proibições completas de venda de produtos. Recentemente, o governo argentino proibiu a exportação de carne, por exemplo.
O descondenado Lula demonstrou toda a sua miopia econômico, além do seu populismo patológico, ao afirma ontem que "...se produzimos alimentos demais neste país e tem gente com fome, significa que alguém está comendo mais do que deveria para que o outro possa comer pouco. Significa que estamos desperdiçando alimento. Significa que alguma coisa está errada."
O que está errado no Brasil há muito tempo é essa mentalidade socialista, que atribui como causa da pobreza à existência de grupos mais abastados, o que seria corrigido com a intervenção estatal redistributiva.
O resultado é a criação de uma classe cada vez maior de sanguessugas do Estado, que nada ou pouco produz, além da justificativa para a sua própria existência. Um Estado inchado também é ambiente ideal para todo tipo de corrupção, como a Lava Jato demonstrou. O sistema fica de pé com a oferta de esmolas para os mais pobres, e da cooptação da elite para integrar a classe privilegiada de gestores estatais.
É um ciclo autoalimentado: o Estado impede a criação de riqueza pelo mercado livre, com regulações, intervenções diretas e impostos, gerando pobreza, justificando assim a sua própria existência como provedor dos pobres. É como quebrar as pernas de alguém e se gabar por providenciar as muletas.
Tudo não passa de um sistema de escravidão moderno: o establishment político parasita o estado, se transformando no novo senhor de escravos, enquanto a esmagadora maioria da população precisa entregar pelo menos 50% do fruto do seu trabalho a eles, recebendo de volta algumas migalhas, quando muito. Em agradecimento à bondade do establishment, essa massa continua votando no mesmo senhor de escravos.
Quem fala que o socialismo nunca deu certo, não entendeu nada. O objetivo é justamente "não dar certo", pois quanto mais dependente um povo, mais controlável ele é, sendo esse o objetivo final do arranjo.
A única dúvida que fica em relação ao atual momento político brasileiro é sobre qual será o tamanho do estrago. A economia já está em frangalhos por uma completa falta de confiança no novo governo. A cada nova fala ou medida, a confiança diminui. Resta saber se haverá alguma força institucional para limitar o estrago petista, ou se eles terão força para passar toda a sua agenda destrutiva.