terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

 Após 10 meses da infecção por Covid-19, vacinados e não vacinados têm a mesma proteção

O artigo publicado recentemente pela revista The Lancet conclui que a infecção por covid é tão efetiva quanto a vacinação

por - LEANDRO RUSCHEL


A revista Lancet publicou artigo científico que conclui sobre a proteção oferecida pela infecção de Covid "ser pelo menos tão efetiva, senão mais, que as vacinas disponíveis".


Nos últimos dois anos, tal afirmação foi tratadas como fake news pela militância de redação.

"Passados 10 meses da infecção por COVID-19, a imunidade natural é semelhante à de pessoas que tomaram duas doses das vacinas de mRNA. Porém, os autores da maior análise, até agora, a avaliar a duração da proteção contra o Sars-CoV-2 destacam que a vacinação ainda é a melhor abordagem, porque previne hospitalização e doença grave, algo que o contágio, sozinho, não faz.

Publicado na revista The Lancet, o artigo baseia-se em 65 estudos produzidos em 19 países, incluindo o Brasil, e se refere às cepas original, alfa, delta e ômicron - até a subvariante BA.1.

O conjunto de informações analisado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, avalia o nível de proteção por desfecho (infecção, doença sintomática e enfermidade grave) conforme a variante e o tempo desde o contágio. Os resultados mostram que uma pessoa que teve covid tem risco de hospitalização ou morte até 88% menor durante 10 meses caso seja novamente contaminada pelo Sars-CoV-2, em comparação aos que jamais tiveram contato com o vírus. Pessoas vacinadas foram excluídas da análise.

Segundo os autores, desde janeiro de 2021, estudos e revisões relataram a eficácia da infecção prévia na redução de riscos de um novo contágio, além de acompanharem a diminuição da imunidade. Porém, eles afirmam que nenhuma pesquisa avaliou de forma abrangente o tempo de proteção após o contato natural com o vírus, nem como isso ocorreu contra diferentes variantes.

A análise de 21 estudos sobre o tempo de proteção desde a infecção de uma variante pré-ômicron estimou que a imunidade natural foi de 85% durante um mês, caindo para 79% em 10 meses, quando a estirpe dominante ainda era a delta. Já quando o paciente teve COVID antes da ômicron, a reinfecção contra a subvariante BA.1 dessa cepa foi menor: 74% em 30 dias e 36% em 10 meses.

Quanto ao desfecho de gravidade (hospitalização e morte), 90% continuavam protegidos em 10 meses quando infectados pelas estirpes ancestral, alfa e delta. O índice foi semelhante para a ômicron BA.1: 88%. Outros seis estudos que avaliaram especificamente as sublinhagens BA.2, BA.4 e BA.5 demonstraram uma redução significativa da imunidade quando o primeiro contato do paciente com o vírus foi antes da emergência da ômicron.”

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